Sep 4, 2007
Sei não. Acho que é mesmo uma questão de hábito. Não pego chineses lendo transcrições fonéticas todos os dias, mas me lembro que já houve uma época que achava o sotaque alemão difícil, e hoje tiro de letra.
Labels: My_Life_as_an_Interpreter
Aug 10, 2007
1. Aluminum (don't ask)
2. Biodiversity
3. The wonderful world of SOA
4. New and exciting developments in roller bearing design
5. Hub ports
6. Retailing
7. HMOs and managed care
8. Programming
9. Branding (at least 3 times, what a popular subject)
10. IEC 61508 (more than I ever wanted to know about functional safety, a whole week in the booth)
Warning: do not try this at home.
Labels: My_Life_as_an_Interpreter
1. Cattle management drugs
2. Storage systems
3. HMOs
4. Online payment systems for husbands who like to surf porn
5. Business cases about highly sucessful Brazilian companies
6. Recommendations for a scientific body made by another scientific body
7. Extreme sports backpacks and hydration systems (by far the most difficult)
8. Brachitherapy applicators
9. New strategies for consumer goods
10. Adventure parks with a lot of waterslides
And we're still in August!
Labels: My_Life_as_a_Translator
Aug 9, 2007
"Podcasts designed to help those who are learning Portuguese, especially if you have a previous background in Spanish. First, you find some pronunciation podcasts that are built around dialogs illustrating specific sound differences. You can also download pdf transcripts and participate in a discussion blog for clarification of questions.
Next, you find grammar podcasts that focus on grammatical differences between Spanish and Portuguese. All of the lessons are also built around some cultural aspect that makes Brazil so awesome."
I am listening to one of them right now and they are fun. It feels like a group of friends tomando umas cervejinhas no bar, very informal and conversational. By the way, the name is also is a reference to the expression, "Se você falou, tá falado", which is used to express agreement with a hint of disbelief, in the booth I usually translate it as "i'll take your word for it". Just one criticism, in lesson 13 they say "sou de menor", which is technically wrong, the correct form is "sou menor".
I found it at Language Bar
Labels: A_última_flor_do_Lácio
Aug 2, 2007
Dias sem computador, dias de muçulmanos no meu jardim. A Mina vai se interessar por esta situação totalmente inédita aqui no bairro.
Na quinta-feira passada instalou-se aqui na praça, um grupo de peregrinos muçulmanos, com barracas high-tech tipo North Face, fogareiro, djelebas e o escambau. São uns cinco homens pelo menos. Construíram um banheirinho perto da boca de lobo, para a bosta ir embora, imagino (o meu quase nulo conhecimento de redes de água me diz que jogar bosta na rede de águas pluviais é péssimo). Diziam que iam embora na segunda (anteontem). Só que fui perguntar agora (ontem) e os muçulmanos, que são hermaníssimos, me responderam com um quizas manana...e se desse uma bobeada o barba-branca chefe ainda queria me dar aquela doutrinada na via do Islã (que conoce usted sobre los muzulmanes)? Agora mañana já chegou e nem sinal de eles arredarem o pé.
Não ligo muito pros carroceiros nem pros maconheiros que usam a praça. Mas nem esses nem aqueles se aboletam com barraca e tudo mais. O que devo fazer? Chamo a polícia?
Hesito, porque apesar de tudo, são homens de Deus, não quero me desentender com Alá nem agir como porteira de cidade murada. O fato é que quando me perguntaram, "pero que le molestamos nosotros", não tenho resposta. Eles ficam lá, com seus tapetinhos, orando para Meca, não fazem barulho, parece que nem saem para fazer pregação. Dizem que estão viajando e que decidiram passar uns dias lá.
Por outro lado, fico pensando. Se eu decidisse ir acampar no Hyde Park ou no Englischer Garten, quantos milésimos de segundo iria demorar até um policial me escorraçar de lá?
Em busca de orientação, consulto os amigos. O Colin que anda totalmente neuras com essa coisa de violência policial, diz que vou penar no inferno muçulmano o resto da eternidade se a Rota vier chacinar os peregrinos. E o Tomás repete a pergunta do Barba. En qué te molestan ellos, afinal? e diz para eu não me preocupar "não há 'rede de águas pluviais' em São Paulo. Vai tudo para o mesmo lugar et ergo propter hoc é tudo a mesma bosta".
Update: Cantei vitória antes do tempo. De umas 3 horas para cá voltou a zica do blogspost para assinantes Speedy. Não acesso mais nenhum site blogspot, só usando um URL unblocker, haja.
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Jul 26, 2007
Outro livro que fez muito sucesso aqui em casa comigo e com as meninas foi O Primeiro Homem, contos creacionistas indígenas recolhidos pela Betty Midlin. A propósito, ontem descobri que a coleção tem vários outros títulos na contracapa do livro Palavra Cigana, que tem lindas ilustrações de Stephan Doitschinoff.
Outra dica de leitura muito divertida é Felpo Filva da Eva Furnari.
Nós mamães sereias somos assim: gostamos de ler contos de lobisomem, mitos ciganos e histórias sobre coelhos poetas deprimidos para as sereeinhas.
Labels: Booksn'Zines, Eye_Candy, Kids
Jul 25, 2007
"A cobra vai fumar é um termo que se começou a ser usado na primeira guerra mundial. Quando se falou em querra mundial, aqui, nenhum brasileiro acreditou que o Brasil entraria na guerra, e alguns começaram a falar que que era mais facil uma cobra fumar cachimbo, do que o Brasil entrar na guerra... Mas como entraram, mostraram que todos que quando "o bicho pega" ou "a cobra fuma" todos se submetem ao improvável. Inclusive, o Brasil usou (como símbolo) a cobra fumando cachimbo na guerra!
O símbolo da FEB era a "cobra fumando" pois Getúlio havia dito:
-"É mais fácil uma cobra fumar do que o Brasil entrar na Guerra."
From Wikipedia (which I edited, by the way):
It is often said that, being questioned about the possibilities of a Brazilian Expeditionary Force entering the war against the Axis,
Up to this day, the expression "a cobra vai fumar" (Portuguese for "the snake is going to smoke") is often used in Brazil in a context similar to "something wicked this way comes".
I suddenly realise that several of my recent posts are nicotine-infused (Gainsbourg, the smoking hand and now this one) and that is probably because I've been trying to quit with no success so far...
PS. Tomorrow I will have to go back to this post because a little research on this phrase indicates that it was not something Getúlio said, it seems it was a widespread phrase generally used by skeptics, people who could not fathom Brazil going to war in Europe.
Jul 24, 2007
Sir Roger L'Estrange, 1673
* the quote has been slightly altered to suit mermaidian quoting needs, original says books rather than translations...
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Jul 23, 2007
Labels: Flicks
Jul 22, 2007
Labels: We're_only_in_it_for_the_money
Jul 18, 2007
Labels: My_Life_as_an_Interpreter
Jul 14, 2007
Além do clima super tenso, do medo dos grampos e da paúra de errar um termo jurídico, se os advogados forem americanos, não tem coffee-break. Na mesa, água, café e balinhas de menta, sem um mísero pão de queijo para matar a fome.
É uma pauleira sem pausa para amenidades que pode se prolongar muitas horas após o seu cérebro ter adquirido a consistência de um quilo de carne moída. O ar-condicionado desligado eleva a temperatura da sala a uns 40 graus centígrados e resseca a sua garganta, produzindo condições ideais para um acesso de tosse.
No momento em que um impasse provoca a dispersão dos participantes pelos corredores em busca de um cigarro, você assume a sua melhor cara de samambaia e procura se afastar ao máximo de todos os grupinhos. O assunto que estão discutindo é tão confidencial que você sente que melhor era não ter ouvidos, nem olhos, nem existência corpórea.
Vocês voltam para a sala e o advogado resolve inesperadamente ler um contrato. Obviamente, ele não providenciou uma cópia para você. Nem por isso vai deixar de lê-lo rapidamente, porque a intenção é justamente confundir todos. Para melhorar as coisas, tem uma baita interferência no portátil. Você tem que interpretar na posição do bule de chá, com a mão grudada no quadril, segurando o transmissor em total imobilidade, porque se você movê-lo um milímetro vai ser aquela chiadeira.
Você está interpretando em pé, andando de lá para cá, porque desistiram de colocar um microfone de mesa, e você mal e mal está ouvindo a torrente de termos jurídicos. Você não quer invadir o espaço sagrado da mesa de reuniões com uma profanante garrafinha d'água e por isso não tem como molhar os lábios durante a sua meia hora. E de repente, o acesso de tosse vem com a violência de um terremoto. A outra intérprete está na sala e assume o microfone enquanto você tosse até lacrimejar. São 8 horas da noite e depois de ameaçarem com mais duas horas de overtime, eles decidem encerrar a reunião e retomar no dia seguinte às 8 da manhã. Você agradece a São Jerônimo e jura de pé junto que nunca mais vai trabalhar em uma reunião de advogados em sua vida.
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