Aug 2, 2007

Os muçulmanos no meu jardim. Fiquei alguns dias fora do ar porque troquei de computador e fui pega pelo misterioso bloqueio de todos os sites blogspot pelo Speedy Telefônica. Muito estranho. Fiquei uma semana sem conseguir acessar nenhum blog, inclusive este aqui. Hoje liguei cheia de brios para reclamar, já com o número de reclamações da Anatel em punho (anotem aí 0800 33 2001) para engatar a segunda rodada. A atendente do Speedy primeiro se fez de desinformada, apesar de metade da internet brasileira estar espumando com a história, mas duas horas depois, eis que consigo novamente visitar os blogs sediados no domínio blogspot.

Dias sem computador, dias de muçulmanos no meu jardim. A Mina vai se interessar por esta situação totalmente inédita aqui no bairro.

Na quinta-feira passada instalou-se aqui na praça, um grupo de peregrinos muçulmanos, com barracas high-tech tipo North Face, fogareiro, djelebas e o escambau. São uns cinco homens pelo menos. Construíram um banheirinho perto da boca de lobo, para a bosta ir embora, imagino (o meu quase nulo conhecimento de redes de água me diz que jogar bosta na rede de águas pluviais é péssimo). Diziam que iam embora na segunda (anteontem). Só que fui perguntar agora (ontem) e os muçulmanos, que são hermaníssimos, me responderam com um quizas manana...e se desse uma bobeada o barba-branca chefe ainda queria me dar aquela doutrinada na via do Islã (que conoce usted sobre los muzulmanes)? Agora mañana já chegou e nem sinal de eles arredarem o pé.

Não ligo muito pros carroceiros nem pros maconheiros que usam a praça. Mas nem esses nem aqueles se aboletam com barraca e tudo mais. O que devo fazer? Chamo a polícia?

Hesito, porque apesar de tudo, são homens de Deus, não quero me desentender com Alá nem agir como porteira de cidade murada. O fato é que quando me perguntaram, "pero que le molestamos nosotros", não tenho resposta. Eles ficam lá, com seus tapetinhos, orando para Meca, não fazem barulho, parece que nem saem para fazer pregação. Dizem que estão viajando e que decidiram passar uns dias lá.

Por outro lado, fico pensando. Se eu decidisse ir acampar no Hyde Park ou no Englischer Garten, quantos milésimos de segundo iria demorar até um policial me escorraçar de lá?

Em busca de orientação, consulto os amigos. O Colin que anda totalmente neuras com essa coisa de violência policial, diz que vou penar no inferno muçulmano o resto da eternidade se a Rota vier chacinar os peregrinos. E o Tomás repete a pergunta do Barba. En qué te molestan ellos, afinal? e diz para eu não me preocupar "não há 'rede de águas pluviais' em São Paulo. Vai tudo para o mesmo lugar et ergo propter hoc é tudo a mesma bosta".

Update: Cantei vitória antes do tempo. De umas 3 horas para cá voltou a zica do blogspost para assinantes Speedy. Não acesso mais nenhum site blogspot, só usando um URL unblocker, haja.

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