Apr 30, 2003

Even Under Saddam Pay Was Better Than This.
The revolt of Basra began when a printed notice was pinned to the front gate of the former presidential palace, now the headquarters of the Desert Rats.
The British Army was slashing its rates of pay for locally hired staff “due to circumstances beyond our control”, it announced.

The wages of skilled workers were to be cut to $22 (£13.80) a month, those of the unskilled to $10. Graduates and trained professionals, who had been working as translators and drivers for about £1.30 a day, found themselves being paid 50p or less. The effect was immediate: less than three weeks after liberating Iraq’s second-largest city, the British forces had a strike on their hands.

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Apr 29, 2003

Fotogarrafa. A Brazilian photoblog living under the motto "see, report and publish".

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Apr 28, 2003

Living Human Treasures. I am translating this document today and while browsing around the site to steal ideas from the English translation, I came across the definition of Living Human Treasures, which sent my mind spinning and reaffirmed my belief that I could never have found a more exciting job than translating.

I wish I had more time to sieve the Web right now and find these people or human groups deemed worthy of receiving such a distinction. If you know anybody, make sure to add a note in the comments.

The translation foundry has been overwhelmed lately with several jobs. I've had to hire a novice translator for a couple of days. She is coming tomorrow and I'm going to teach her the highly complicated art of devining the number of words in a set of paper documents spanning 1,000 pages. Of course, I am going to guess what that art is first.

Maybe with her help I'll have enough time to finish my assignment for these guys. It's fun and confidential. Sshh. The Panopticon is watching.

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Poesia é o que se ganha na tradução

By Nelson Ascher, published by Folha de S.Paulo.

Traduzir poesia é considerado impossível. Como refazer o equilíbrio miraculoso de um soneto de Dante em inglês, a sucessão elegantemente cadenciada das oitavas reais de Camões em francês, a grandiloquência rebuscada de um monólogo shakespeariano em espanhol ou a simplicidade enganadora dos versos de Púchkin em português ?

E aqui ainda estamos não apenas dentro dos limites da mesma família linguística, a indo-européia, como também no âmbito da mesma cultura ocidental. No interior desses dois círculos quase coincidentes (se deixarmos de lado a metade oriental da família), as línguas se influenciaram mutuamente, intercambiando palavras, sons, elementos gramaticais, e tanto as convenções como as tradições literárias são mais ou menos comuns há milênios.

O amigo de um amigo (são sempre assim essas histórias) teve de fugir do Brasil durante a ditadura por estar ligado a algum grupo clandestino de esquerda e acabou parando na Polônia. Quem já ouviu as nobres cadências da língua de Czeslaw Milosz (TCHÊS-uav MÍ-uoch) sabe que esta se compõe de um emaranhado impossível de consoantes intercaladas às vezes por sons como "nhem" ou "nhom". Nem os outros eslavos acham fácil sua fonética, e os russos, em especial, recomendam a quem deseje pronunciá-la corretamente que o faça com uma batata quente na boca.

Bom, quando se deu conta de que sua temporada polonesa se prolongaria, o amigo do amigo resolveu aprender a falar com os nativos. Enquanto ele e seus colegas do curso de polonês para estrangeiros ainda praticavam o "bom dia, senhora, meu nome é", o único aluno não-ocidental, um chinês que também começara do zero, já se mostrava capaz de vender enciclopédias em Varsóvia. Indagado sobre seu talento superlativo, o chinês meio que se desculpou modestamente: "É que eu já falava inglês e, para mim, todas essas línguas indo-européias são iguais". De fato, quando é dia em Beijing, ainda é noite na Europa, onde todo gato, "cat", "chat", "katz", "kot" é pardo.

Se as dificuldades tradutórias parecem intransponíveis no seio de uma família incestuosa, ou seja, se é complicado converter um soneto tcheco em um soneto holandês, quão mais impossível não deve ser o transplante de um "kavya", uma elegia "shih" ou um "tanka" (composições líricas breves) escritos em sânscrito (sim, indo-europeu, mas da metade oriental) por Amaru, em chinês por Tu Fu ou em japonês por Saiguio para uma língua ocidental?

Por outro lado, se a distância geográfica acrescenta problemas, a temporal os multiplica. Escrever um soneto no século 13, quando esta era um forma nova, de vanguarda mesmo, tinha um significado cultural distinto daquele que tem fazê-lo hoje em dia, quando muitos veriam nisso um gesto retrógrado e esteticamente reacionário.

E, no entanto, traduz-se. Cada vez mais. Como e por quê?

O porquê tem a ver com o fato de que, desde pelo menos o princípio da modernidade, quase ninguém considera sua cultura local ou nacional como algo completo, auto-suficiente. O afã de viajar, conhecer outros povos e países, existe igualmente na poesia, com a vantagem de que esta nos oferece, de resto, um túnel do tempo.

Eis a razão que está na raiz, mas não faltam outras. Vários povos europeus no século 19, além de amargarem o domínio de suas terras por estrangeiros, ainda tinham de se calar quando esses se referiam à própria língua e literatura como, de algum modo, superiores, mais civilizadas. Assim, tchecos e catalães, húngaros e poloneses resolveram mostrar aos seus senhores que o que falavam não eram dialetos de camponeses analfabetos, mas línguas cultivadas o suficiente para acolher "A Divina Comédia" e "Macbeth", a "Ilíada" e a "Eneida".

Quanto ao como, não há um. Há, isto sim, muitos. Convém, contudo, pôr de lado duas noções que distorcem a discussão. Primeiro, traduzir poesia não é uma questão de fidelidade, pois, dado que o tradutor não cometa erros na compreensão do original, sua tarefa consiste em elaborar algo que está entre a equivalência e a resposta. Um poema traduzido relaciona-se de um modo que não é simples com aquele que, por assim dizer, o inspirou, respondendo aos problemas que ele apresenta com os recursos de uma língua distinta e, geralmente, com convenções de uma outra época.

Em segundo lugar, não pode haver tradução perfeita, pois tampouco há original perfeito. A perfeição é, na melhor das hipóteses, apanágio da divindade e, no caso da poesia, maneira perifrástica de enfatizar uma obviedade: a da precedência cronológica.

De acordo com o neurocientista Steven Pinker, o cérebro trabalha com uma linguagem específica, chamada por ele de mentalês, da qual cada idioma falado nada mais é que manifestação parcial. Nenhuma das línguas naturais expressa plenamente o mentalês.

Caso ele tenha razão, o poema que se supõe o original é, a rigor, a primeira tradução de um texto inalcançável que se encontra ou se encontrava entre os neurônios do autor. Com as pistas fornecidas nessa primeira versão, outros tentarão se aproximar desse original, mas, por definição, ninguém o alcançará. Acontece que o poema composto em mentalês, por ser inatingível e irreprodutível, não importa. Ele é somente um ponto de partida.

O que conta são os realmente existentes. Qual deles? Todos. Embora o poeta americano Robert Frost dissesse que poesia é o que se perde na tradução, o original de um poema não é tanto a primeira versão singular que está no passado, quanto o conjunto, que está no futuro, de todas as suas traduções que foram, estão sendo ou ainda serão feitas.

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Apr 24, 2003

Lula e a Língua do Povo. How fares the Brazilian president in his speeches, from a linguist's standpoint? Ou trocando em miúdos: na brecha entre a norma culta e a língua do povo, vale mais a elegância gramatical ou a clareza do discurso? Veja também o que diz Sírio Possenti sobre o mesmo tema em PrimaPagina.

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Apr 23, 2003



A great shot of São Paulo, by Nair Benedicto. I found it at InfoBresil, showcasing some Brazilian photographers. I also truly enjoy SPImagem, with several galleries of pictures of Brazilian crafts in the making, some operatic figure of notes and a lot more to explore. Other fascinating images by Nair Benedicto: Tesão no Forró, Bride and a Mermaid, in the series Queen for a Day.

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Apr 16, 2003

Flame Warriors. We've seen them all but not so deftly illustrated and sharply described.

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Apr 15, 2003

Dudi Maia Rosa. I love this blog. And just to throw some confetti over my senseless head, I've been having a lot of fun posting in Portuguese at Blogalization. You should all read, I flow much better in Portuguese. What I write here costs me pains and efforts and a Gargantuan amount of editing.

And just to dull things a little, there's been a sudden reversal of fortune in the appliances department. Last Friday I bought a brand new stove to replace my 15-year old piece of junk but still operational cooker, only to see my microwave oven collapse on Tuesday after a most meritous performance in the pizza reheating department. Conclusion: now I have two stoves and no microwave oven. Consumerism, hmpf. Surely the stove-microwave conundrum would not be a problem for Daslu customers (by the way, guess who interpreted for Rebecca Mead?).

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Apr 14, 2003

Quote of the Day.

Hebrew writing and Arabic writing go from east to west,
Latin writing, from west to east.
Languages are like cats:
You must not stroke their hair the wrong way.


Yehuda Amichai. Translated into Portuguese by Millôr Fernandes (UOL subscription required) and elsewhere on the Net.

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Learning Numbers. This weekend I discovered a great method to teach numbers to pre-schoolers. And if you took a hint from the image above, you got it right: take them to the horsetrack and let them gamble. It's all very pleasant, especially if you're in Brazil and it's the beginning of autumn, perfect weather for a nice cabernet and a light sweater under the magnificently blue skies.

We were all very proud at the Little Mermie, who cheered and betted like a pro, making sharp remarks when I took her to see the horsies on the paddock before they raced. She would say "number 2 is very angry. he doesn't want the man!", or "number 5 is too tired" or just pleaded in a very unsophisticated way "Mommie, I want to win, win!". At first I thought she was just saying numbers out of the top of her head, but when she corrected Angie's miopic statement that number 4 had won, I knew that not only her eyesight is much better than ours, she was actually reading the numbers.

Imagine the algebric exploits parents and their offspring can make on the horsetrack: multiplication, combinations, likelihood, all the stuff I never managed to get into my woodblock of a head because there were never enough math tests with questions enunciated as "You gambled $20 on a place bet paying 3.513 to one...".

But the story gets better. Believe it or not, she picked the winner two times in a row. Just like in DH Lawrence's Rocking Horse Winner but without the eerie rocking, just keen equine observation after much chocolate chip cookie munching. On the third race, she insisted on number 5, but since she was already feeling a little tired, her predictions were not as accurate as before. Number 5 lost by a head to number 1.

The Little Mermie, who is 3 and a half, also made a point to collect her bets immediately at the restaurant cashier, all by herself, to the astonishment of all around. She came home with her pockets clinking with a grand total of R$12, to be squandared in lollipops and candy.

Vegas next?

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Translation Mixed Sucesses. "Thousands of U.S.-produced leaflets dropped in Iraq before the start of the war urged the country's citizens, in Arabic, "Don't Approach Coalition Soldiers" ("la taqurib"). But Fandy says the use of antiquated or formal Arabic made the warning difficult for most Iraqis to understand. (The message was meant as a caution: Soldiers are armed.) Fandy likened it to using of Victorian-era language today."

Related: Decoding Iraq's symbols of celebration via Damslog (new linguablog?)

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The Wonderful Horrible Life of Leni Riefenstahl. Another proof that the Mermaid is an anachronistic couch potato. Fascinating Fascism, Susan Sontag's article on Leni and the Nuba, is also online.

Related: The Puzzle of Leni Riefenstahl at Wilson Quarterly

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Apr 11, 2003

Passaralho. Uma cacetada de pensamentos.
Diversité culturelle : un combat francophone 1990-2000 : la décennie des traductions africaines
Betacorpo digs up Paulo Coelho's Thank you President Bush.
Read also Mozambique writer Mia Couto's letter to the same Prez (Portuguese original and Italian translation available).
The Last Days of Brand America
EventWeb Blog: The Future of Meetings.
And how spooky is this: just got an availability check for interpreting at a meeting. The interpretee is from an American company specializing in remote conferencing equipment for the health sector. I guess Gartner was right after all.

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Apr 10, 2003

What If. The statue they took down in Baghdad was not of Saddam but of one of his doubles? Huh, huh, wouldn't that wipe the gleeful smile off Rummy's face? Okay, the joke is not mine, it's from José Simão, the most irreverent columnist in Brazil and compiler of the extraordinary Dicionário de Tucanês, who readily suggests replacing the fallen icon with the hideous Borba Gato.

Switching gears and phobias, you got to grant Gartner that they are very efficient in spotting new business trends. So is 3M. And Mecca-Cola!

By the way, Bush, liberate this.

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Apr 9, 2003

Quando bigode vale mais que mulher

Text originally by Folha de S.Paulo correspondent Sérgio D'Ávila.

Cada iraquiano pode casar legalmente com até quatro mulheres. A maioria da população masculina urbana tem uma só, não por ocidentalização ou pudor, mas por falta de dinheiro mesmo. Os homens de classe média geralmente têm duas. Três ou quatro só os membros da elite ou do governo, o que quase sempre é a mesma coisa.

Mas mais do que dinheiro, poder e mulheres, o que o iraquiano inveja mesmo é um bom bigode. Quanto mais basto, bem cortado e cheio, mais hombridade o acessório natural transmite a seu dono. Quem não tem é considerado imaturo ou contaminado demais pelos hábitos ocidentais.

Os homens que ouvi me ensinam que os fios não podem cair sobre o lábio superior. E que pintar o cabelo tudo bem, mas pintar o bigode seria de uma gafe inacreditável. E confirmam: "harabichueba", o popular xingamento árabe que os brasileiros aprenderam a falar de brincadeira, continua na ativa. Mas a grafia e a pronúncia corretas aqui são outras.

"Harabishuarbek" seria certo, sendo "hara" gíria para fezes e "shuarbe" a tradução de bigode. "Merda no seu bigode!", xingam os iraquianos.

Quando querem garantir que vão cumprir uma promessa, dizem "eu corto o meu bigode!". E quando estão com muita raiva de uma pessoa, gritam "eu amaldiçôo o seu bigode!", como fez antes da guerra o embaixador do Iraque na ONU falando ao embaixador do Kuait.

Como o chefe, todos os ministros-generais de Saddam Hussein têm bigode. A exceção é Mohammed Said Al-Sahaf, da Informação. É também o que fala o melhor inglês e, de longe, o mais irônico e mordaz da turma.

Pergunte o nome completo a qualquer iraquiano de mais de 30 anos e ele vai se atrapalhar de cara. A gagueira temporária não é necessariamente má-fé. Quando assumiu o poder, Saddam Hussein fez passar uma lei que obrigava as pessoas a assinar com o nome próprio seguido do nome próprio do pai seguido do do avô, e não mais da maneira tradicional, que era nome próprio + nome da tribo/clã/vila de origem.

O que o motivou foi o alto número de pessoas no alto escalão de seu governo que traziam o sobrenome Tikritis, ou seja, originário da vila de Tikrit, no norte.

Tikrit é a cidade natal de Saddam, onde fica sua tribo.

Há hoje em dia seis brasileiros oficialmente no Iraque. Os dois acima assinados, um funcionário do Itamaraty que cuida da sede da ex-embaixada do país, hoje desativada, duas senhoras que moram há muito tempo por aqui, casaram-se com iraquianos e fogem da imprensa e o fotógrafo do "New York Times", que nasceu em São Paulo, mas deixou o Brasil antes de aprender a falar.

Ainda os carros: os ministros-generais iraquianos fazem questão de dirigir seus próprios carros. Os assessores vão no banco de trás ou ao lado, dependendo da graduação. Ser conduzido não é visto com bons olhos.

O modelo escolhido depende do cargo ocupado. Para os ministros, o Lumina da Chevrolet, geralmente branco, ou os tradicionais BMW e Mercedes; para as altas patentes militares, os jipes Land Cruiser da Toyota.

Detalhe: todos são equipados com quatro tapetinhos persas, no lugar do tradicional de borracha.

Ahmed e Mohammed são o equivalente de José e João de Bagdá. Em toda a roda tem pelo menos um com este nome.

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The Nine Translation Markets. Danilo Nogueira provides a very interesting overview of the working conditions including number of dictionaries available, volume of translation work and opportunities for specialization in nine translation markets, divided according to languages and direction of translation. Take a peek, when Danilo writes, it's always interesting stuff.

His comments do not include Oriental languages, which could have hierarchical divisions of their own. I'd be interested to know what Oriental languages could be considered as B or C, according to Danilo's classification, which does not entail linguistic groups as such, but rather, translation volume and working conditions as yardsticks.

It would also be very interesting to tie this in with an analysis of rates charged according to translation languages and directions. For example, in theory, translators working in rarer language combinations, say Finnish into Thai, would have the upperhand and the ability to charge more, but is this really the case. I also suspect that translation volume is so low between the two that no translator could live exclusively off his translation work or become an expert, and as in any other profession, with expertise, up go the prices.

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Apr 8, 2003

What a Difference a Day Makes. A Secretaria de Saúde de São Paulo informou há pouco que está em busca de um tradutor para ajudar a analisar o caso do menino de quatro anos internado no Hospital das Clínicas de Campinas. Todos os responsáveis pela criança só falam chinês e, com isso, resta uma dúvida para os técnicos do Centro de Vigilância Epidemiológica: não se sabe se ele teve os primeiros sintomas 10 ou 11 dias após chegar ao Brasil. A criança esteve na província chinesa de Guangdong, uma das áreas mais atingidas pelo vírus causador da Sars.

Na verdade não é muito difícil achar um tradutor de chinês no estado. Basta fazer o download deste arquivo executável no site da Junta Comercial do Estado de São Paulo. Coverage on the advance of Sars in Brazil at Estadão.

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Translators Manifesto for Peace and Human Rights. Throughout history there have been two main forms of communication between peoples: translation and war. Interaction between these two forms is complex, but whereas war signals failure and the impossibility of dialogue, translation is an instrument which builds bridges between societies, cultures and religions. Far beyond the act of merely substituting the words of one language for those of another, translation is an essential tool for enhancing our understanding of others and transforming the achievements of our different cultures into the common heritage of all humanity. (Read more)

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Língua Brasil. Grammar tips and commentary from Instituto Euclides da Cunha. They seem a little obsessed with compound names, found in sentences such as Lá vem o homem-bomba, title of a great song in Caetano Veloso's and Jorge Mautner's new CD. Very appropriate.

Recently spotted slogans, in São Paulo, Brazil.
"O sanduíche que te alimenta alimenta a guerra", leaflet distributed by a handful of protesters at the entrance of a McDonald's drive-through.
"Boicote produtos americanos", handpainted on the side of a car parked in Alto de Pinheiros.

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Apr 2, 2003



Takashi Murakami, the world of superflat.

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Tsk tsk, Samsung. This week I bought a new cell phone because my Startac died on me. I chose this one because it was light, silver and silly, with animations of Orcas jumping over boats at startup, 25 melodies to choose from as ring tones, including Carmen's Habanera and the Baby Elephant Walk. But lo and behold, their documentation is quite not up to their excellent musical standards. On the site they published an errata of their manual. Interesting to no one except localizers who will immediately recognize that the editor must have been sleeping throughout the editing phase.

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Apr 1, 2003

Purposeless Post. Just to get that horny moses off the page. Oof!

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Warporn Okay, how about this as a war ploy for Saddam? Send a couple of martyrs to Hong Kong where they voluntarily get infected with SARS, then fly back to Iraq, surrender to American troops and start spreading the virus among the ranks? Now the grand finale could be having colapsing mountains transplanted over from Bolivia to the outskirts of Bagdad to be used in lieu of sandbags against the missiles. The Iraqis could welcome some change of scenery, the South and West look so flat and dusty. And the Bolivian mountains could use some drying up under the American firepower and yellow babilonian sun.
All resistance is futile (just like a line from Mars Attacks).

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